Uma falha na trava da porta de um banheiro a bordo de um Boeing 737 nos Estados Unidos está prestes a provocar uma mudança importante nas regras de segurança da aviação internacional — e pode custar mais de R$ 19 milhões à fabricante.

A FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA) propôs uma nova diretriz de aeronavegabilidade que obriga a substituição imediata das travas das portas dobráveis dos banheiros em seis modelos de aeronaves Boeing 737: 737-700, 737-800, 737-900, 737-900ER, 737-8 e 737-9.

🔒 O que motivou a nova regra?

O alerta surgiu após um incidente envolvendo um passageiro que ficou trancado dentro do banheiro durante o voo, exigindo um pouso de emergência. Segundo documentos da FAA, a tripulação não conseguiu destravar a porta, e uma análise técnica revelou que a falha se deu por fadiga do material plástico, agravada por falhas de fabricação.

O relatório da FAA destaca que em situações críticas, como turbulência severa, emergências médicas ou evacuações rápidas, esse tipo de defeito representa risco elevado à integridade física dos passageiros.

💸 Impacto financeiro: R$ 19 milhões em jogo

A mudança pode afetar 2.612 aeronaves registradas nos EUA, gerando um custo estimado de US$ 3,4 milhões (R$ 19 milhões). Cada substituição deve custar até US$ 1.302 (R$ 7.623) por aeronave, levando em conta mão de obra e peças. A proposta ainda está em fase de consulta pública e poderá entrar em vigor após 27 de maio de 2025.

✈️ E o Brasil? A regra vale aqui?

Apesar da FAA não ter jurisdição sobre aeronaves fora dos EUA, a medida acende um alerta para agências reguladoras como a ANAC, no Brasil. A Boeing não confirmou se os aviões operando em território nacional passarão pela atualização.

📌 O que diz a Boeing?

A fabricante apoia a proposta e informou que já orienta clientes sobre o problema desde 2018. Segundo comunicado oficial, “a Boeing apoia integralmente a diretriz da FAA e continuará dialogando com as companhias aéreas”.

🧭 Por que essa notícia importa?
Além de reforçar a importância da manutenção preventiva, o caso mostra como pequenas falhas podem gerar grandes impactos operacionais e financeiros. Passageiros também devem estar atentos aos seus direitos em situações de emergência ou pousos não programados.